Passei um certo tempo para reunir todas essas lendas, mas agora  entrego ao blog as lendas pernambucanas mais famosas que já conheci. Com  vocês, Lendas Pernambucanas.
Lendas Pernambucanas.
1 – A perna cabeluda
A lenda da Perna Cabeluda surgiu em Recife, Pernambuco, na década de  1970, sem haver uma data realmente marcada. Muitas são as explicações  sobre a origem da lenda. Uma a vincula ao achado de uma perna humana  cabeluda que se encontrava boiando no rio Capibaribe, caso que por não  ter sido solucionado pela polícia transformou-se em prato cheio para a  imprensa. Que inicialmente alimentou a esperança de encontrar alguém  capaz de clarear o assunto, e por isso perguntou em suas páginas: De  onde veio a perna? De quem era ela? Como foi parar no rio? Quem a  amputou? Mas em vão...  Foi quando se começou a dizer que a perna  mal-assombrada corria atrás das  pessoas nas ruas da capital  pernambucana, tudo avalizado pelo depoimento de “testemunhas” que  afirmavam terem sido perseguidas por ela. E assim continuou sendo feito  por algum tempo, até que a brincadeira cansou, mas ainda continua sendo  falada pelo povo.
2 – A mulher emparedada
Quase todos os recifenses que estão na sexta década de vida ou que já  passaram, ouviram falar no caso, na Emparedada de Rua Nova, senão como  um romance escrito pelo fundador da Academia Pernambucana de Letras,  Carneiro Vilela, mas como um acontecimento trágico, o qual, por certo,  marcara a vida da cidade no século XIX. Conta que uma mulher que no caso  minha avó não se recorda do nome,  acha que se chama Josefina, era  amante de um certo homem, que em um dia enterrou-a entre duas paredes na  sua casa. O caso se tornou  famoso por Josefina ser uma  mulher social, vivia em festa, casamentos e acontecimentos no Recife,  porem começou-se a notar a falta da mulher em festas, e daí começou a  lenda, ninguém sabe se é um mito ou verdade, porém o mistério ainda rola  na Rua Nova.
3 – A menina sem nome
Eis o corpo dessa menina enterrado no Recife, no cemitério de Santo  Amaro, bom, no seu túmulo não há nome algum, não se sabe muito sobre  esta historia como em todas as outras, porem a menina sem nome vive  assombrando quem anda de carro a noite no Recife, ela passa no meio da  rua e os carros acabam sofrendo acidentes para desviar da criança, no  Recife, ela já é considerada uma Santa! Muitos pedidos dizem ser  realizados após serem pedidos a menina sem nome.
4 – Mão fina
Se você pesquisar na internet realmente não vai conseguir achar algo  sobre essa lenda, ela veio do interior onde quando as crianças ficavam  com mal educação na mesa, a mão fina viria por baixo da brecha da porta  puxar o pé das crianças e ate arranhá- las, bom, um pouco de mal criação  e ela vem, essa era a idéia, mas claro que a mão fina realmente é uma  lenda.
5 – Papa Figo
O Velho do Saco parece ser uma pessoa comum, um velho  meio desfigurado segurando um saco de tecido nas cortas. Diz que esse  homem pega as pessoas, desmaia elas com um pouco de Éter e logo depois  as coloca no saco e então leva-as ao verdadeiro Papa-Figo, um sujeito  estranho, rico, que sofre de uma doença rara e sem cura. Alguns sintomas  dessa doença seriam o crescimento anormal de suas orelhas ou o corpo  leproso. Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrível doença  ou maldição, o Papa-Figo, precisa se alimentar do Fígado de uma  criança. Feito a extração do fígado, eles costumam deixar junto com a  vítima, uma grande quantia em dinheiro, que é para o enterro e também  para compensar a perda junto a família. O Papa-Figo é uma espécie de  Lobisomem da cidade. Nunca muda a forma. É um homem velho, sujo,  vestindo farrapos, com ou sem um saco às costas, ocupando-se em raptar  crianças para comer-lhes o fígado ou vendê-lo aos leprosos ricos. É alto  e magro. Conforme a região é pálido, sórdido, com barba sempre por  fazer. Sai à noite, às tardes, ao por do sol. Aproveita a saída das  escolas, os parques onde as babás se distraem com os namorados, as  praças ensombradas. Nesses ambientes atrai as crianças com gestos  engraçados, ou mostrando brinquedos, dando falsos recados ou prometendo  levá-las para um local onde há muita coisa bonita. No Recife  assusta muitas crianças que ficam alertas a homens de orelhas grandes.
6 – Palhaço do Coqueiro
É uma lenda do Janga (bairro de Paulista-Pernambuco). Era uma vez um  homem cujo pai era palhaço muito famoso. Ele sentia orgulho do pai e  também queria ser palhaço. Nos palcos do circo ele não conseguia fazer  ninguém rir. Ele enlouqueceu e fugiu do circo. Todos os dias que a lua  era minguante ele subia em um coqueiro para observar de lá a lua, pois  ela ria para ele. Quando uma nuvem tampava o sorriso da lua ele descia  do coqueiro para observar outros sorrisos. Quando encontra alguém  ele começa a fazer palhaçadas sem graça e caso a pessoa não ria ele a  hipnotiza, bate nela e exige que ela sorria. E assim vai até que a nuvem  saia de frente da lua.
7 –  Comadre Fulozinha
É uma caboclinha que tem longos cabelos negros, que lhe cobrem o  corpo. Consegue desaparecer sem deixar rastro e adora fazer tranças  na cauda dos cavalos. Ela protege a caça contra os caçadores,  desorientando-os com seus assobios e fazendo com que eles fiquem  perdidos na mata. Adora receber presentes como mingau, confeitos e fumo.  Para chamá-la, entre em uma mata no agreste, assovie muito mesmo e  grite seu nome alto duas vezes, onde seu espírito virá te assombrar.  Historia de menino num fugir para a festa de noite no interior de  Pernambuco.
8 – Praça Chora Menino
No bairro da Boa Vista, centro do Recife, fica a Praça Chora Menino.  Próxima ao Colégio Salesiano, à Praça do Derby e às ruas do Progresso  e das Ninfas, é hoje uma simples confluência de vias. Mas sua fama e  nome datam do século XIX. No ano de 1831, Recife enfrentou a revolta  violenta de uma tropa insubordinada que tinha como obrigação a guarda do  lugar. Soldados e civis a ela associados saquearam a cidade, cometendo  todo tipo de atrocidades e assassinando centenas de moradores, entre  eles muitas crianças. Essa revolta ficou conhecida como Setembrizada. As  ruas ficaram repletas de corpos, e muitos deles foram enterrados no  local onde hoje fica a praça Chora Menino. O nome vem de relatos que  começaram a circular tempos depois da Setembrizada: dizia-se que quem  passasse altas horas da noite perto da praça ouvia sempre choro de  menino. Certamente tentou-se dar explicações "científicas" para o fato,  de brincadeiras de estudantes a um tipo de sapo cujo coaxar seria  semelhante ao choro de uma criança. Mas quem ouviu o estranho lamento  nega-se a aceitar tais teorias tão pouco consistentes: o pranto  fantasmagórico, por certo, não tem semelhança com sons emitidos pelos  viventes.
9 - A Sedutora da Curva
Há muito tempo, quem mora no bairro de Dois Unidos, Zona norte do  Recife, ouve relatos sobre o espectro de uma mulher que aparece na curva  que fica próxima a uma antiga fábrica existente no local. A história  mais conhecida sobre esse fantasma é a seguinte: Certo senhor, voltava  para casa tarde da noite, quando já não havia ônibus circulando. Ele  tinha tomado umas a mais, e por isso estava "chamando urubu de meu  loro", como dizem por aí. Mesmo com a visão meio "embaçada", observou  perfeitamente quando, na tal curva, aquela mulher apareceu do nada. Ela  era linda e loira, muito atraente mesmo. A mulher se aproximou do  sujeito, perguntou se ele tinha um cigarro para dar. O homem disse que  não, mas a conversa não parou por ali. Depois de umas palavras trocadas,  e de pintar um clima de paquera no ar, o desavisado senhor passou a  "mão boba" nas pernas da moça. E ai percebeu que ela era magra demais.  Na verdade, só tinha osso! O sujeito olhou novamente o rosto da mulher e  viu uma caveira! Desesperado, ele saiu correndo e só parou na porta  de casa. Bateu e tocou com veemência a campainha. Como não foi  atendido prontamente, acabou derrubando a porta - tudo para tentar se  esconder da terrível assombração.
10 – Cruz do Patrão
Sem dúvida, o lugar mais assombrado do Recife chama-se Cruz do  Patrão. Fica onde antes existia um istmo que ligava o Recife a Olinda,  às margens do Rio Beberibe. É uma coluna de alvenaria, erigida não se  sabe precisamente quando, entre as fortalezas do Brum e do Buraco.  Servia de baliza para os barcos que chegavam para atracar. E tornou-se  ponto de encontro com almas penadas... Certamente os espíritos dos  escravos arrancados de sua terra natal para perecer na jornada rumo ao  cativeiro ainda vagueiam pela noite, presos pelos grilhões da injustiça.  Até o século XIX, no local também eram fuzilados os militares  condenados à pena capital, como o soldado João Luís dos Santos, do 1º  Batalhão de Fuzileiros. Ele sucumbiu diante da saraivada de  balas desferida pelos seus  companheiros de farda em  quatro de maio de 1850, na presença de "numerosa porção de povo", como  registrou na época o Diário de Pernambuco. A Cruz do Patrão resistiu ao  tempo, às investidas da maresia, à falta de cuidado que o homem tem com  suas antigas construções . E, no novo milênio cristão, ela permanece,  impávida, adornado com a sua beleza austera a área do Porto do Recife.  Pode ser vista por quem passa na Ponte do Limoeiro, embora poucos saibam  o que ela representa. O esquecimento a que está submetida seria obra  dos espíritos malignos e alma penadas que habitam o lugar? Ou seria  conseqüência do nosso descaso com os monumentos que preservam muito  da história da cidade?
11 - Rio Capibaribe
À noite torna-se misterioso quando reproduz o brilho das luzes  artificiais ou da lua cheia. Apesar de sua  beleza, o Capibaribe  sempre provocou temor entre os recifenses. A tradição popular fala que,  naquelas águas, habitam fantasmas pecaminosos. Almas penadas de suicidas  que usaram o rio como rota de fuga deste mundo cruel. Permanecem, no  entanto, no limbo. No escuro da noite, seus vultos de  expressões angustiadas podem ser vistos por quem se aproxima das margens  mais desertas. Naquelas águas também pereceram banhistas desavisados  que não resistiram à força das correntezas. Seus corpos eram encontrados  quilômetros adiante, inchados e roídos pelos peixes. Seus espectros  esbranquiçados ainda aparecem para pedir socorro aos viventes.   Na década de 70, o Capibaribe transformou-se num verdadeiro monstro aos  olhos dos moradores da cidade. Durante os períodos de chuva, o rio  transbordava trazendo destruição e, muitas vezes, morte. Quando as águas  baixaram e os recifenses começavam a voltar para suas casas, deu-se um  dos episódio mais insólitos da história pernambucana. O boato de que a  barragem de Tapacurá havia estourado levou a população a concluir que o  Capibaribe viria com mais força e cobriria toda a cidade. Instaurou-se o  pânico generalizado e as pessoas corriam em desespero pelas ruas: uma  cena dantesca que parecia antecipar o fim-do-mundo ou imitar o cinema  catástrofe americano que estava em voga na época. O boato  foi desmentido, as enchentes foram contidas nos anos seguintes e o  Capibaribe permanece adormecido desde então. Mas não é exagero dizer que  “O cão sem plumas” – como o rio foi chamado pelo poeta João Cabral de  Melo Neto – merece respeito e reverência.
12 - O Mangue da Torre
Dizem que ele se faz notar com uma risada estridente e cavernosa,  "como se fosse a gargalhada de uma bruxa, que vai levar sua alma",  revelam alguns. Não se pode definir a origem do som misterioso - ecoa  como se viesse dos meio do arbustos que crescem por alí. E o fenômeno  se repete sempre por volta da meia-noite. Uns poucos já se atreveram a  tentar descobrir de onde vem a tal gargalha. Na maioria das vezes, nada  viram e voltaram apavorados.
13 – Bairro de Afogados
O nome do local já tem uma origem macabra. Segundo o pesquisador  pernambucano Leonardo Dantas Silva - no livro Arruando Pelo Recife - ali  existia um afluente do Capibaribe chamado Rio dos Afogados “onde , em  17 de fevereiro de 1531, sete marinheiros da expedição de Martin Afonso  de Souza vieram a perecer”. No começo da década de 60, uma assombração  em particular trouxe medo à vida dos moradores de Afogados. Era uma bela  mulher, de cabelos escuros, vestida com roupas decotadas e chamativas  que caminhava sozinha pelas ruas do bairro nas horas mortas. Sem pudor,  se insinuava para todo tipo de homem que cruzasse o seu caminho - jovem  ou velho, solteiro ou casado, pobre ou rico. Quando o desavisado caia em  seus encantos, era levado para um beco escuro. Ao se entregar às  caríciais da moça, a vítima descobria que estava abraçado a uma caveira!  Os corajosos ainda saíam correndo em pânico. Os covardes só eram  encontrados pela manhã, desacordados.
14 - Teatro de Santa Isabel
No coração do Recife, em frente à Praça da República, ao lado dos  Palácios do Governo e da Justiça, fica o imponente prédio do Teatro  de Santa Isabel, um primor da arquitetura neoclássica do século XIX.  Foi construído pelo engenheiro francês Louis Lérger Vauthier entre 1841 e  1850. Mas, por trás de uma fachada imponente, cheia de significados  para a história de Pernambuco, o Teatro de Santa Isabel esconde  mistérios insondáveis. Nos camarins, na platéia, nos corredores e  camarotes, desfilam visagens e são ouvidos sons arrepiantes que se  confundem com as muitas lembranças guardadas no prédio. "O que se  murmura entre os empregados antigos e discretos do Santa Isabel é que em  noites burocraticamente silenciosas se ouvem, no ilustre  recinto, ruídos e aplausos, palmas, gritos de entusiasmo de uma multidão  apenas psíquica. Mas sem que se possa precisar a que ou a quem são os  seus aplausos de bocas e mãos que não aparecem."
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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