Para os interessados no mundo do sobrenatural é recomendado saber o  que é um fogo fátuo ou o que pode ser uma alma penada. As semelhanças  ficam apenas nas manifestações, a grande diferença é que uma  manifestação a ciência explica, a outra não.
Fogo-fátuo (ignis fatuus  em latim), também chamado de Fogo tolo ou, no interior do Brasil, Fogo  corredor ou João-galafoice, é uma luz azulada que pode ser avistada em  cemitérios, pântanos,  brejos, etc. É a inflamação espontânea do gás dos pântanos (metano),  resultante da decomposição de seres vivos: plantas e animais típicos do  ambiente.
Quando um corpo orgânico começa a entrar em putrefação, ocorre a  emissão do gás fósfina (PH3) .
Os fogos-fátuos são produtos da combustão da fosfina gerados pela  decomposição de substâncias orgânicas, ou a fosforescência natural dos  sais de cálcio presentes nos ossos enterrados.
Muitos que avistam o fenômeno tendem a evacuar o local rapidamente, o  que, devido ao deslocamento do ar, faz com que o fogo fátuo mova-se na  mesma direção da pessoa. Tal fato leva muitos a acreditar que o fenômeno  se trata de um evento sobrenatural, tais como espíritos, fantasmas,  dentre outros.
Onde aparece o fogo-fátuo, há folclore e histórias de criaturas como  espíritos e fantasmas culpadas por esse fenomêno:
• Hinkypunk: ocorre no folclore do sudoeste da Inglaterra. Um  hinkypunk (pronuncia-se "rinquipanc") é um espírito malévolo que se  diverte em atrapalhar e até causar a morte de viajantes que passam por  terras remotas pela noite. Sua ação ocorre da seguinte forma: ao avistar  um andarilho, o Hinkypunk acende sua tocha. O viajante, cansado, fica  feliz em ver a tocha acesa e corre em direção à luz. Ele supõe ser  carregada por uma pessoa que está na mesma trilha, ser uma fogueira  acesa em um local onde possa descansar um pouco, ser o seu destino ou  então só vai até a tocha por curiosidade, mas quando percebe  (tardiamente, diga-se de passagem), fora atraído direto para um  penhasco, areia movediça ou uma vala - para a grande diversão do  Hinkypunk. Dizem que muitos espíritos semelhantes vagueiam pela região  rural da Inglaterra e o folclore inglês é repleto destas lendas. Talvez  isso ocorra porque boa parte da zona rural da Inglaterra é ocupada por  pântanos, brejos  e charnecas e a travessia deste tipo de terreno é demasiada traiçoeira,  sobretudo à noite. Em vez de culpar as características geográficas da  região, séculos de tradição culparam seres sobrenaturais e em muitos  lugares da Inglaterra, são vistas luzes ao longe, sem que estejam sendo  carregadas por ser algum. A ciência diz que na verdade estas luzes são  causadas pela combustão espontânea de gases do pântano, e o que estas  pessoas avistam não é mais do que o fogo-fátuo. Será?
• Boitatá: Uma gigantesca cobra de fogo do folclore brasileiro,  avistadas em brejos, onde espanta e come pescadores incautos que  prejudicam a vida dos peixes e de sua lagoa.
• Kelpie: é a alma de um animal transformada em um cavalo, o Kelpie é  um cavalo prateado que vive em grandes lagos e que só aparece em noites  de luar. Quando aparece para uma pessoa, o Kelpie se mostra gentil,  permitindo que a pessoa o cavalgue, até ele voltar para seu lar e matar  por afogamento sua montaria.
• Hitodama : do folclore japonês. Quando alguém morre, sua alma sai  do corpo com uma forma imaterial e globular, uma esfera brilhante que se  chama hitodama. Segundo essas lendas, a pessoa pode tomá-la para si  antes que vá para o outro mundo. Costuma ser carregada por animais como  pássaros e raposas.
Os fogos fátuos dão origem a muitas superstições populares.  Acredita-se que sejam espíritos diabólicos que molestam ou fazem  extraviar-se os viajantes ou afastar alguém que tenta se aproximar. Há  quem os consideram como presságios de morte ou desgraças. Algumas  populações da África, inclusive no sul de Moçambique, enterra os seus  mortos, de propósito, a poucos centímetros de profundidade, para verem o  fogo fátuo, que seria o espírito do morto que sai do corpo.
No entanto não deve-se considerar todo fenomeno semelhante ao fogo  fátuo como explicação única e absoluta. Existem inumeros casos realmente  sem explicação, como diversos relatos inclusive postados aqui neste  site. Boa prática seria analisar tudo com serenidade.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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