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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Os fantasmas da 1ª guerra mundial

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Existem tantos relatos de encontros com aparições ao longo da história que somente um cético poderia  concluir que fantasmas não existem. Mas qual seria a natureza exata desse fenômeno?
Em alguns casos essas aparições fantasmagóricas podem produzir efeitos no ambiente físico como levantar objetos, etc. Em outras ocasiões eles costumam aparecer e desaparecer de repente ou gradualmente, assim como flutuar, atravessar portas e paredes.
Eu acredito em uma linha de pensamento que afirma que esses fantasmas de forma etérea aparecem a alguém por meio de uma projeção mental do seu intelecto sobre a mente de quem vê sua aparição. Sendo assim seria muito difícil uma câmera ou uma máquina fotográfica registrar essas ocorrências, embora não seja impossível e provavelmente existam sim registros autênticos desse fenômeno por meio desses instrumentos.
Há ainda um segundo tipo de aparição que não são fantasmas propriamente ditos, mas uma espécie de memórias de ocasiões passadas capturadas pelo éter físico, ou seja, marcas de energia.
Quando buscamos conhecimentos mais sólidos e tradicionais referente a fantasmas muitos dos encontros mais insólitos ocorreram em grandes guerras, envolvendo pessoas que perderam suas vidas no campo de batalha.
Uma resistente crença nessa área é que as pessoas que morrem de forma violenta são mais suscetíveis a retornar na forma etérea, do que aqueles que morreram de causas naturais em paz.
Vamos acompanhar agora o relato de dois encontros fantasmagóricos de 1916 e 1918 que confirmam essa crença. O primeiro é narrado pelo britânico Robert Graves no livro “Goodbye to all that”, um relato de suas experiências enquanto esteve nos campos de batalha na primeira guerra mundial.
I. O fantasma do Soldado Challoner

Soldado Challoner

O fantasma desse exemplo era o de um jo­vem soldado chamado Challoner, de quem o escritor Graves se tornou amigo durante seu treinamento em Lancaster. O batalhão de Challoner foi mandado para a França, em março de 1916, poucas semanas antes do regimento de Graves , no dia do embarque, o jovem soldado disse alegremente que logo se encontrariam  na França.
O encontro não aconteceu, pelo menos não de maneira natural, pois Challoner foi morto em uma batalha na cidade de Festubert. Mais ou menos um mês depois, Graves afirma ter visto através da janela o jovem caminhar ao longo do alojamento, fumando um cigarro.
Quando Graves foi questionado se ele não teria se enganado com alguém parecido com o soldado  Challoner, o escritor foi veemente em sua confirmação;
- Eu não poderia confundi-lo nem mesmo o crachá que ele usava “GTAT106”.

Graves

Detalhando o relato:
Challoner reconheceu seu velho amigo, saudou-o e continuou a caminhar. Quando Graves chegou, em choque, à janela, só viu uma guimba de cigarro ainda acesa no chão por onde Challoner passara caminhando segundos antes. E o escritor encerrou sua história com uma afirmação clássica:
“Naquela época, havia muitos fantasmas na França.”

II. O fantasma do Poeta Wilfred Owen
O fantasma de Owen apareceu em Londres no exato momento em que morria na França por volta de 12h12min do dia 4 de novembro de 1918.

Wilfred Owen
Com a guerra próxima de seu fim, o pai de Owen acreditava que seu filho voltaria para casa, mas quando viu-o aparecer de repente como uma figura brilhante, trajando seu uniforme de oficial, seu coração soube que seu primogênito não voltaria para casa. Ele estava certo, porque, uma semana de­pois de ver a aparição de seu filho, recebeu um telegrama oficial informando que o capitão Wilfred Owen morrera dos ferimentos sofridos em combate. Com uma incrível precisão, o momento da morte de seu filho em um hospital de campanha francês coinci­dia exatamente com a aparição da forma espectral na Inglaterra.

HMS Astraea
Mas não acaba por aí, sete dias mais tarde, o fantasma do poeta retornaria mais uma vez, aparecendo dessa vez para o seu irmão Harold, que então servia a bordo do navio de gueera HMS Astraea. Sofrendo de malária, Harold Owen jazia no beliche de sua cabine quando viu o fantasma de seu irmão mais velho se materializar poucos metros à sua frente. Harold relatou a incrível experiência por escrito:

Harold Owen
Eu tinha ido até a minha cabine pensando em escrever algumas palavras. Percebi que a  cortina da porta se moveu para dentro e para minha surpresa, vi meu irmão sentado na minha cadeira. Senti um choque percorrer o meu corpo com uma força terrível e com ele eu podia sentir o sangue fugir do meu rosto. Eu não tive pressa reagindo ao que via, mas andei com dificuldade pela cabine - todos os meus membros estavam  rígidos e lentos para responder. De pé olhando para ele perguntei:
- "Wilfred, como você chegou aqui?"
Ele não se levantou nem se moveu, mas seus olhos estavam com a expressão de alguém que queria que eu entendesse alguma coisa, quando eu falei o rosto dele abriu um sorriso doce e melancólico. Eu não sentia medo – apenas um prazer invadiu a minha mente... Eu me perguntava se eu estava sonhando, mas olhando para baixo, vi que eu ainda estava de pé. De repente me senti terrivelmente cansado fui até minha cama e deitei-me, entrei em um sono profundo e fiquei inconsciente. Quando acordei, eu sabia com certeza absoluta que Wilfred estava morto.(http://en.wikipedia.org/wiki/Harold_Owen)
Na semana seguinte, uma carta chegou da In­glaterra confirmando a notícia.

Fontes:
Texto introdutório: Darkelros
Histórias: Richard lazarus (Além do Impossível)
Fotos: Google Imagen
Relato de Harold Owen: Tradução do Wikipédia ENG

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